Policiais civis de Jequié, Paulo Afonso e Itapetinga assinaram, nesta semana, o “Requerimento de Desistência” para não trabalhar no carnaval de Salvador, em 2018, devido os baixos valores pagos pelo Governo do Estado. No festa carnavalesca do ano passado, a diária foi de R$114,00 e a hora extra R$186,00.
A categoria reivindica R$230,00 pelo pagamento da diária e R$ 450,00 equivalente a cada 12 horas extras. O SINDPOC esclarece que o Requerimento de Desistência não possui caráter de greve e paralisação. Os servidores vão cumprir a carga horária normal de trabalho de 40 horas semanais.O impasse gira em torno do cumprimento da escala do carnaval.
O Presidente do SINDPOC, Marcos Maurício, destaca que os policiais civis pretendem mostrar a sociedade e aos poderes públicos a condição aviltante de trabalho que atinge a categoria. Segundo Maurício, a expectativa do movimento é que todos os policiais civis da Bahia assinem o Requerimento de Desistência.” Vamos mostrar ao Governo do Estado que os valores das diárias e horas extras são reprovados pelos profissionais que são responsáveis pela proteção da sociedade durante o carnaval. Após obtermos uma posição do Estado, o sindicato poderá entrar com uma ação na justiça para negociar os valores que serão pagos no período de realização da festa momesca”, frisa.
O Vice-Presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, frisa que o Governo do Estado precisa dialogar com o sindicato para iniciar o processo de negociação das pautas reivindicados pela categoria. ” Os policiais estão aderindo ao movimento porque entendem que essa situação da Polícia Civil precisa ser alterada! Não vamos trabalhar no carnaval se a gestão não negociar conosco!”, garante Lopes.